O Novo Mundo

O Novo Mundo

A partir das grandes mudanças sociais e econômicas em consequências da Lei Eusébio de Queirós, o Brasil viverá um surto desenvolvimentista. Uma verdadeira revolução na diversificação de suas atividades produtivas. Talvez o maior já experimentado desde 1808 (com a chegada da família real portuguesa). Em 1851, o início do movimento regular da constituição de empresas e sociedades anônimas; em 1852, a inauguração da primeira linha teleférica, na cidade do Rio de Janeiro; em 1854, a abertura ao tráfego da primeira linha de estradas de ferro do país, também no Rio de Janeiro. Segundo Sérgio Buarque de Holanda. “o caminho aberto por semelhantes transformações só poderia levar, logicamente, a uma liquidação mais ou menos rápida de nossa velha herança rural e colonial, ou seja, da riqueza que se funda no emprego do braço escravo e na exploração perdulária das terras de lavoura”. A partir desse momento, o incentivo ao comércio, ao desenvolvimento urbano e as profissionais liberais vai criar um novo tipo de elite no país. Com o tempo, essa nova elite passa a rivalizar com a antiga, ruralista, escravocrata, latifundiária, que tomava conta do poder. A história da segunda metade do século XIX no Brasil será, em grande parte, de um lado, a história da ascensão dessa nova elite, de outro, a crise da velha elite brasileira, e a Monarquia no meio, como o fiel da balança.