Entre os anos 1878 e 1881, a Princesa Isabel morou na França, que havia recém-saído da Comuna de Paris em 1871 e onde, portanto, as ideias fervilhavam. Em 1878, houve em Paris a Exposição Universal, em que foram mostradas as novidades do comércio, da ciência e da indústria. No retorno ao Brasil, uma sociedade escravocrata, o anacronismo e o atraso socioeconômico ficaram evidentes. Os anos em Paris foram para a Princesa Isabel o que a estada em Londres havia sido para Mauá, na década de 1840, ou seja, transformadores, sabáticos. Em 1882, ela escampa a ideia dos fundos de emancipação, visando arrecadar dinheiro para comprar e libertar escravos. Em 1885, certamente por meio de sua ação nos bastidores, o imperador promulga a Lei dos Sexagenários.
Em 1887, o imperador sofre um colapso, e a fragilidade de sua saúde é evidente. Fica cada vez mais próximo o período de transição do segundo para o terceiro reinado. Na ocasião, a Princesa Isabel encontrava-se em viagem pela Europa enquanto o imperador adoecia gravemente. Ela retorna e o convence a ir se tratar no Velho Continente. Tem início, nesse momento, a Terceira Regência, a princesa vinha cobrando dos parlamentares uma solução para a questão da escravidão, além de outras demandas, como a melhoria da infraestrutura do país – estradas e portos – e a imigração. Nessa década de 1880, haviam entrado no Brasil mais de 1.500 mil imigrantes oriundos de diversos países. Esses imigrantes ajudariam a construir a economia e a diversidade cultural do país ao longo do século XX. Nesta última década do Império houve também, não por acaso, um aumento significativo no número de estabelecimentos comerciais e industriais no Brasil, sobretudo voltados para a indústria têxtil.