A Confederação do Equador

A Confederação do Equador

O absolutismo de D. Pedro I no episódio do fechamento do Congresso e do aborto à Constituição foi um desastre. Não poderia haver atitude mais na contramão dos acontecimentos mundo afora do que essa. O absolutismo estava sob forte contestação. As províncias de Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba rebelaram-se contra o imperador.

Já em 1817, como vimos, com a Revolução Pernambucana, as províncias do Nordeste tentaram romper relações com o Rio de aneiro numa revolta antimonarquista e também com forte viés separatista. O imperador, na falta de uma marinha organizada, contrata o pirata e mercenário inglês Thomas Cochrane para fazer o cerco por mar aos revoltosos. Por terra seguiu o fiel escudeiro do imperador, o Comandante Francisco de Lima e Silva.

Nassa nova investida contra as províncias do Nordeste – que já haviam sido invadidas por Cochrane em 1822 – que, mais uma vez, se rebelaram contra o golpismo e o absolutismo de D. Pedro I, Cochrane usou os mesmos procedimentos: a violência e o saque. Frei Caneca – que já havia sido poupado em 1817 – era um dos líderes do movimento de 1824 e foi fuzilado em praça pública. Cochrane, regiamente pago por D. Pedro I, recebeu cerca de 40 mil libras esterlinas, fora o incontável resultado dos saques que fez. Para esse homem que massacrou brasileiros, o imperador deu a honraria da Grã-Cruz da Ordem do Cruzeiro do Sul. Por essas e outras é que a batata do imperador estava assando.