Descubra a vida fascinante do homem que domou os raios, assinou a independência dos Estados Unidos e ainda inventou o para-raios, os óculos bifocais e o fogão Franklin – tudo isso enquanto escrevia almanaques hilariantes e conquistava Paris com o seu charme.

Bem-vindos ao Canal Fez História! Hoje mergulhamos na trajetória de um dos personagens mais completos da história ocidental: Benjamin Franklin (1706-1790). Cientista, inventor, diplomata, escritor, editor, filósofo, estrategista político e um dos Pais Fundadores dos Estados Unidos, Franklin foi o verdadeiro “homem renascentista” do Iluminismo americano.

Os Primeiros Anos: De Boston à Filadélfia

Nascido a 17 de janeiro de 1706 em Boston, Massachusetts, Benjamin era o 15.º de 17 filhos de um fabricante de velas e sabão. Aos 12 anos tornou-se aprendiz na tipografia do irmão mais velho James. Lá aprendeu o ofício que o tornaria um dos maiores impressores da América colonial e criador do famoso Poor Richard’s Almanack.

Em 1723, com apenas 17 anos, fugiu para a Filadélfia – cidade que o adotaria para sempre. Aos 24 anos já era dono da Pennsylvania Gazette e, aos 42, rico o suficiente para se aposentar dos negócios e dedicar-se integralmente à ciência e à política.

“Ou o homem serve o dinheiro, ou o dinheiro serve o homem. Eu escolhi a segunda opção.”
– Benjamin Franklin

O Cientista que Brincava com Raios

A experiência mais célebre de Franklin aconteceu em junho de 1752: voar uma pipa durante uma tempestade para provar que os raios são eletricidade. O experimento (que ele próprio recomendou não repetir em casa) deu origem ao para-raios, salvando milhares de edifícios e vidas ao longo dos séculos.

Entre as suas invenções mais práticas estão:

  • Óculos bifocais
  • Fogão Franklin (mais eficiente que as lareiras abertas)
  • Harmônica de vidro
  • Odomómetro
  • Cateter flexível
  • Nadadeiras de natação (aos 11 anos já inventava!)

Curiosamente, Franklin nunca patenteou nenhuma invenção. Acreditava que o conhecimento devia ser livre.

O Político e Diplomata

Franklin foi o único a assinar os quatro documentos fundamentais da fundação dos Estados Unidos:

  1. Declaração de Independência (1776)
  2. Tratado de Aliança com a França (1778)
  3. Tratado de Paris (1783) – fim da Revolução Americana (1775-1783)
  4. Constituição dos Estados Unidos (1787)

Na França (1776-1785), com 70 anos, tornou-se uma verdadeira celebridade. As damas de Paris usavam penteados “à la Franklin” e o seu chapéu de pele de castor virou moda. Conseguiu o apoio decisivo de Luís XVI para a independência americana – sem o ouro e as tropas francesas, talvez ainda falássemos inglês com sotaque britânico.

O Escritor e o Humor

O Poor Richard’s Almanack (1732-1758) vendeu cerca de 10 mil exemplares por ano – numa época em que a colónia inteira tinha menos de 300 mil habitantes. Frases como:

  • “Early to bed and early to rise, makes a man healthy, wealthy and wise”
  • “Time is money”
  • “A penny saved is a penny earned”

são de Franklin e continuam vivas até hoje.

Franklin e a Escravidão: Uma Evolução Tardia, mas Real

Nos primeiros anos teve escravos, mas a partir dos anos 1750 tornou-se abolicionista convicto. Em 1787 foi eleito presidente da Pennsylvania Society for Promoting the Abolition of Slavery e, no último ano de vida, enviou ao Congresso uma petição pedindo o fim imediato da escravatura – documento que enfureceu os sulistas.

Últimos Anos e Legado

Morreu a 17 de abril de 1790, aos 84 anos. Mais de 20 mil pessoas acompanharam o seu funeral na Filadélfia – a maior multidão já vista nas colónias.

Hoje o seu rosto estampa a nota de 100 dólares, apesar de nunca ter sido presidente. É o único Pai Fundador homenageado dessa forma.

Perguntas Frequentes sobre Benjamin Franklin

1. Benjamin Franklin foi mesmo presidente dos Estados Unidos?
Não. Foi governador (presidente) da Pensilvânia entre 1785-1788, mas nunca presidente dos EUA.

2. Ele descobriu a eletricidade?
Não. A eletricidade já era conhecida. Franklin provou que os raios são descargas elétricas e criou termos ainda hoje usados: positivo, negativo, bateria, condutor…

3. Quantos idiomas falava?
Lia e escrevia fluentemente inglês, francês, italiano, espanhol, latim e um pouco de alemão.

4. Qual era a sua religião?
Deísta. Acreditava num Criador que não interferia no mundo depois de o criar. Escreveu: “O melhor serviço a Deus é fazer o bem aos homens.”

5. Porque aparece careca nas imagens, se usava peruca na juventude?
Na França adotou o visual “natural” – sem peruca e com cabelo próprio – como símbolo de simplicidade republicana. Virou marca registada.

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