Explorando dois dos capítulos mais fascinantes da história africana do século XX, este artigo mergulha nas trajetórias paralelas e contrastantes da União Sul-Africana e do Império Etíope, desde a formação da União em 1910 até a queda do imperador Haile Selassie em 1974. Enquanto um se tornava sinônimo de segregação racial e dominação branca, o outro resistia como símbolo de independência africana contra o colonialismo europeu. Prepare-se para uma jornada rica em detalhes, comparações e lições que ecoam até hoje. Para mais sobre civilizações antigas que moldaram a África, confira Civilização Axum ou Civilização Nubia.
Introdução: Dois Caminhos na África do Século XX
No alvorecer do século XX, a África era um continente em ebulição. Enquanto potências europeias como o Império Britânico consolidavam colônias, dois territórios destacavam-se por sua soberania relativa: a recém-formada União Sul-Africana e o antigo Império Etíope. A União, nascida em 31 de maio de 1910, unia as colônias britânicas do Cabo, Natal, Transvaal e Orange, criando um domínio autônomo dentro do Commonwealth. Já a Etiópia, com raízes na Civilização Axum, era o único estado africano a derrotar uma potência europeia na Batalha de Adwa em 1896, preservando sua independência.
Essas nações representavam polos opostos: uma de maioria branca impondo segregação, inspirada em modelos como o da Era Vitoriana, e outra de tradição monárquica africana resistindo ao jugo colonial. Paralelos com a Descolonização e Independência das Nações Africanas são inevitáveis, mas aqui focamos no período de 1910 a 1974. Acesse o site principal para explorar mais sobre História Contemporânea do Brasil e conexões globais.
“A África não é um continente para amadores.” – Frase atribuída a exploradores europeus, ecoando os desafios enfrentados por sul-africanos e etíopes.
Formação da União Sul-Africana: Das Guerras Boer à União de 1910
A União Sul-Africana emergiu das cinzas das Guerras Boer, conflitos entre britânicos e descendentes holandeses (boers) pelo controle de terras ricas em ouro e diamantes. Após a vitória britânica em 1902, líderes como Louis Botha e Jan Smuts negociaram a unificação. Inspirados no modelo federal canadense, criaram um parlamento em Pretória e Cidade do Cabo.
- Colônias unidas: Cabo, Natal, Transvaal e Rio Orange.
- Primeiro-ministro: Louis Botha (1910-1919), um boer reconciliado com os britânicos.
- População: Cerca de 6 milhões, com 1,2 milhão de brancos dominando.
Comparações com o Império Britânico são claras: a União era um “domínio branco” na África. Para entender contextos coloniais, leia sobre Explorações Portuguesas. Clique aqui para mergulhar na formação da União e suas raízes boer – União Sul-Africana e o Império Etíope.
A Era de Botha e Smuts: Políticas de Segregação Inicial
Sob Botha, a União adotou leis como a Natives Land Act de 1913, restringindo terras indígenas a 7% do território. Smuts, influenciado pela Revolução Industrial, promoveu mineração e ferrovias. Paralelos com a Guerra Civil Norte-Americana surgem na questão racial.
- Expansão econômica via ouro (Witwatersrand).
- Supressão de rebeliões indígenas, como a de Bambatha em 1906.
- Aliança com a Grã-Bretanha na Primeira Guerra Mundial.
Para mais sobre líderes, veja Jan Smuts ou compare com Getúlio Vargas.
O Império Etíope sob Menelik II e a Resistência ao Colonialismo
Enquanto a África do Sul se unia sob domínio branco, a Etiópia consolidava-se sob Menelik II (1889-1913). Descendente da linhagem salomônica, ligada à Civilização Etíope, Menelik modernizou o exército com armas europeias, derrotando italianos em Adwa. Isso inspirou movimentos pan-africanos, semelhantes à Independência da Índia.
- Expansão territorial: Anexação de povos como os Oromo.
- Diplomacia: Tratados com França e Itália.
- Capital: Adis Abeba, fundada em 1886.
Conexões com Civilização Axum e Reino de Cuche destacam continuidade. Explore a resistência etíope agora – Civilização Etíope e siga-nos no YouTube para vídeos sobre Adwa.
Lij Iyasu e a Transição para Ras Tafari
Menelik morreu em 1913, sucedendo Lij Iyasu (1913-1916), convertido ao Islã, causando instabilidade. Deposto, Ras Tafari (futuro Haile Selassie) tornou-se regente em 1916. Influenciado pelo Iluminismo, promoveu reformas.
“A Etiópia estenderá suas mãos a Deus.” – Salmo 68, citado por Haile Selassie.
A Primeira Guerra Mundial e Seus Impactos
Na Primeira Guerra Mundial, a União Sul-Africana lutou pelo Reino Unido, conquistando a África Alemã do Sudoeste. Smuts ajudou na Liga das Nações. A Etiópia permaneceu neutra, mas sofreu com comércio interrompido.
- União: 146.000 tropas enviadas.
- Etiópia: Fome e intrigas internas.
Compare com Ascensão do Japão. Para detalhes, acesse Primeira Guerra Mundial.
Anos 1920: Modernização e Tensões Raciais
União Sul-Africana: Pacto Hertzog-Smuts
James Hertzog formou o Partido Nacional em 1914, defendendo afrikaners. Em 1924, aliança com o Partido Trabalhista impôs afrikaans oficial. Leis como a Mines and Works Act reservavam empregos para brancos.
- Greve dos mineiros brancos (1922).
- Urbanização de negros.
- Influência da Revolução Russa.
Etiópia: Coroação de Haile Selassie
Ras Tafari coroado Haile Selassie em 1930, abolindo escravidão e ingressando na Liga das Nações. Inspirado em Revolução Francesa, promulgou constituição em 1931.
Assista à coroação no nosso YouTube e explore Haile Selassie.
A Invasão Italiana e a Segunda Guerra Mundial
Mussolini invadiu a Etiópia em 1935, usando gás mostarda. Haile Selassie apelou à Liga, sem sucesso. Exilado, retornou em 1941 com britânicos na Segunda Guerra Mundial.
- União: Contribuiu com 300.000 tropas, Smuts como aliado.
- Etiópia: Guerrilha patriótica.
Paralelos com Guerra Fria. Leia Segunda Guerra Mundial.
Pós-Guerra: Apartheid Nascente na África do Sul
Em 1948, Daniel Malan elegeu-se com apartheid formal. Leis como Population Registration Act classificavam raças.
- Bantustões criados.
- Resistência via ANC, com Nelson Mandela.
Compare com Guerra dos Cem Anos.
Anos 1950-1960: Independências Africanas e Isolamento
A Descolonização isolou a África do Sul. Sharperville Massacre (1960) matou 69. Etiópia liderou OUA em 1963, Haile Selassie como “Pai da África”.
- Conferência de Bandung (1955).
- Suez (1956).
- Independência de Gana (1957).
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Haile Selassie: Reformas e Críticas
Modernizou educação, mas manteve feudalismo. Fome em Wollo (1973) expôs falhas.
“Até que a cor da pele de um homem não seja mais significativa que a cor de seus olhos, haverá guerra.” – Haile Selassie.
Anos 1970: Crise e Queda
Na África do Sul, Soweto Uprising (1976) acelerou fim do apartheid. Etiópia: Derg derrubou Selassie em 1974, iniciando Terror Vermelho.
- União tornou-se república em 1961.
- Etiópia: Mengistu Haile Mariam.
Conexões com Revolução Chinesa.
Comparações e Legados
| Aspecto | União Sul-Africana | Império Etíope |
|---|---|---|
| Governo | Parlamentar branco | Monarquia absoluta |
| Economia | Mineração industrial | Agrária feudal |
| Resistência | Interna (ANC) | Externa (Adwa) |
| Fim do Período | Apartheid intensificado | Revolução marxista |
Legados influenciam Era da Informação. Para presidentes brasileiros, veja Juscelino Kubitschek.
Conclusão: Lições para o Presente
De 1910 a 1974, União Sul-Africana e Império Etíope ilustraram opressão vs. resistência. Hoje, inspiram lutas por igualdade. Visite a loja para livros e siga no Pinterest para infográficos.
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Perguntas Frequentes
O que foi a União Sul-Africana?
Uma federação de colônias britânicas formada em 1910, precursora da África do Sul moderna. Saiba mais em União Sul-Africana e o Império Etíope.
Quem foi Haile Selassie?
Imperador da Etiópia de 1930 a 1974, símbolo rastafári. Explore Civilização Etíope.
Como a invasão italiana afetou a Etiópia?
Ocupação de 1936-1941 enfraqueceu o império, levando a reformas pós-guerra. Veja Segunda Guerra Mundial.
Qual o legado do apartheid?
Sistema de segregação até 1994, combatido por Mandela. Compare com Guerra Fria.
Por que a Etiópia resistiu ao colonialismo?
Vitória em Adwa e diplomacia. Relacionado a Civilização Axum.
Como esses eventos se conectam à descolonização?
Etiópia inspirou independências; África do Sul resistiu até 1990s. Leia Descolonização.
















