04 Janeiro – Dia do Hemofílico

132
04 Janeiro - Dia do Hemofílico

O Dia do Hemofílico, celebrado em 4 de janeiro, tem como objetivo aumentar a conscientização sobre a hemofilia, uma doença genética e hereditária que afeta a coagulação do sangue. A data foi escolhida em homenagem ao cartunista Henfil, que faleceu em 1988 devido a complicações relacionadas à hemofilia.

O que é a Hemofilia?

A hemofilia é caracterizada pela deficiência de fatores de coagulação no sangue, sendo classificada principalmente em dois tipos:

  • Hemofilia A: Deficiência do fator VIII.
  • Hemofilia B: Deficiência do fator IX.

Esses fatores são essenciais para o processo de coagulação, e sua ausência pode levar a sangramentos prolongados e complicações graves. A doença é mais comum em homens, pois é ligada ao cromossomo X; cerca de 70% dos casos são transmitidos por mães portadoras.

Prevalência e Tratamento

No Brasil, estima-se que existam aproximadamente 13 mil pessoas com hemofilia, posicionando o país como o quarto maior em número de casos no mundo. O tratamento é realizado principalmente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que oferece acesso a medicamentos e cuidados multidisciplinares para os pacientes.

Importância da Conscientização

A data serve para destacar os desafios enfrentados por pessoas com hemofilia e a importância da educação sobre a doença. Campanhas de conscientização ajudam a promover um melhor entendimento sobre os cuidados necessários e a importância da doação de sangue, que é vital para o tratamento dos hemofílicos.

Os principais sintomas da hemofilia estão relacionados a sangramentos, que podem ser espontâneos ou provocados. Aqui estão os principais sinais a serem observados:

  • Sangramentos espontâneos: Ocorrem sem causa aparente, frequentemente nas articulações (como joelhos e cotovelos) e músculos, resultando em dor e inchaço.
  • Hematomas: Manchas roxas na pele após pequenos traumas são comuns, devido ao sangramento interno.
  • Sangramentos nas mucosas: Hemorragias podem ocorrer no nariz e nas gengivas.
  • Dificuldade em parar sangramentos: Lesões ou cortes podem resultar em hemorragias que demoram a cessar.
  • Dor e restrição de movimento: Sangramentos internos podem causar dor intensa e limitar a mobilidade das articulações afetadas.
  • Menstruação excessiva: Mulheres com hemofilia podem experimentar períodos menstruais mais longos e intensos.

Esses sintomas podem variar em gravidade dependendo do tipo de hemofilia (A ou B) e da quantidade de fator de coagulação presente no sangue. É essencial que os sintomas sejam monitorados e tratados adequadamente para evitar complicações.

A hemofilia é classificada principalmente em dois tipos, cada um relacionado a um fator de coagulação específico:

Tipos de Hemofilia

Hemofilia A

  • Deficiência: Fator VIII (fator 8).
  • Prevalência: Representa cerca de 80 a 85% dos casos de hemofilia.
  • Características: É a forma mais comum da doença, onde a deficiência do fator VIII leva a dificuldades na coagulação do sangue. Os sintomas incluem sangramentos espontâneos, hematomas e hemorragias em articulações e músculos.

Hemofilia B

  • Deficiência: Fator IX (fator 9).
  • Prevalência: Menos comum que a hemofilia A, ocorre em aproximadamente 15 a 20% dos casos.
  • Características: Os sintomas são semelhantes aos da hemofilia A, mas a gravidade pode variar dependendo dos níveis de fator IX presentes no plasma. Os sangramentos tendem a ocorrer após traumas ou espontaneamente.

Gravidade da Hemofilia

Ambos os tipos de hemofilia podem ser classificados em diferentes graus de gravidade com base na quantidade de fator de coagulação presente:

  • Hemofilia Leve: Níveis de fator entre 5% e 40% do normal; sangramentos espontâneos são raros.
  • Hemofilia Moderada: Níveis de fator entre 1% e 5%; pode ocorrer sangramentos após traumas menores.
  • Hemofilia Grave: Níveis de fator inferiores a 1%; sangramentos espontâneos são frequentes e podem ocorrer mesmo após lesões leves.

Veja mais:

A distinção entre os tipos e graus de hemofilia é crucial para o tratamento adequado, já que ambos apresentam sintomas semelhantes, mas requerem abordagens específicas para manejo e cuidados.