O Dia do Hemofílico, celebrado em 4 de janeiro, tem como objetivo aumentar a conscientização sobre a hemofilia, uma doença genética e hereditária que afeta a coagulação do sangue. A data foi escolhida em homenagem ao cartunista Henfil, que faleceu em 1988 devido a complicações relacionadas à hemofilia.
Índice de Conteúdo
O que é a Hemofilia?
A hemofilia é caracterizada pela deficiência de fatores de coagulação no sangue, sendo classificada principalmente em dois tipos:
- Hemofilia A: Deficiência do fator VIII.
- Hemofilia B: Deficiência do fator IX.
Esses fatores são essenciais para o processo de coagulação, e sua ausência pode levar a sangramentos prolongados e complicações graves. A doença é mais comum em homens, pois é ligada ao cromossomo X; cerca de 70% dos casos são transmitidos por mães portadoras.
Prevalência e Tratamento
No Brasil, estima-se que existam aproximadamente 13 mil pessoas com hemofilia, posicionando o país como o quarto maior em número de casos no mundo. O tratamento é realizado principalmente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que oferece acesso a medicamentos e cuidados multidisciplinares para os pacientes.
Importância da Conscientização
A data serve para destacar os desafios enfrentados por pessoas com hemofilia e a importância da educação sobre a doença. Campanhas de conscientização ajudam a promover um melhor entendimento sobre os cuidados necessários e a importância da doação de sangue, que é vital para o tratamento dos hemofílicos.
Os principais sintomas da hemofilia estão relacionados a sangramentos, que podem ser espontâneos ou provocados. Aqui estão os principais sinais a serem observados:
- Sangramentos espontâneos: Ocorrem sem causa aparente, frequentemente nas articulações (como joelhos e cotovelos) e músculos, resultando em dor e inchaço.
- Hematomas: Manchas roxas na pele após pequenos traumas são comuns, devido ao sangramento interno.
- Sangramentos nas mucosas: Hemorragias podem ocorrer no nariz e nas gengivas.
- Dificuldade em parar sangramentos: Lesões ou cortes podem resultar em hemorragias que demoram a cessar.
- Dor e restrição de movimento: Sangramentos internos podem causar dor intensa e limitar a mobilidade das articulações afetadas.
- Menstruação excessiva: Mulheres com hemofilia podem experimentar períodos menstruais mais longos e intensos.
Esses sintomas podem variar em gravidade dependendo do tipo de hemofilia (A ou B) e da quantidade de fator de coagulação presente no sangue. É essencial que os sintomas sejam monitorados e tratados adequadamente para evitar complicações.
A hemofilia é classificada principalmente em dois tipos, cada um relacionado a um fator de coagulação específico:
Tipos de Hemofilia
Hemofilia A
- Deficiência: Fator VIII (fator 8).
- Prevalência: Representa cerca de 80 a 85% dos casos de hemofilia.
- Características: É a forma mais comum da doença, onde a deficiência do fator VIII leva a dificuldades na coagulação do sangue. Os sintomas incluem sangramentos espontâneos, hematomas e hemorragias em articulações e músculos.
Hemofilia B
- Deficiência: Fator IX (fator 9).
- Prevalência: Menos comum que a hemofilia A, ocorre em aproximadamente 15 a 20% dos casos.
- Características: Os sintomas são semelhantes aos da hemofilia A, mas a gravidade pode variar dependendo dos níveis de fator IX presentes no plasma. Os sangramentos tendem a ocorrer após traumas ou espontaneamente.
Gravidade da Hemofilia
Ambos os tipos de hemofilia podem ser classificados em diferentes graus de gravidade com base na quantidade de fator de coagulação presente:
- Hemofilia Leve: Níveis de fator entre 5% e 40% do normal; sangramentos espontâneos são raros.
- Hemofilia Moderada: Níveis de fator entre 1% e 5%; pode ocorrer sangramentos após traumas menores.
- Hemofilia Grave: Níveis de fator inferiores a 1%; sangramentos espontâneos são frequentes e podem ocorrer mesmo após lesões leves.
Veja mais:
- Canal Fez História – YouTube
- Canal Fez História – Pinterest
- @canalfezhistoria • Fotos e vídeos do Instagram
- Canal Fez História – Facebook
- Canal Fez História | Faz e Fez História você encontra aqui!
A distinção entre os tipos e graus de hemofilia é crucial para o tratamento adequado, já que ambos apresentam sintomas semelhantes, mas requerem abordagens específicas para manejo e cuidados.