O Dia do Sertanejo, comemorado em 3 de maio, é uma homenagem à música e à cultura do interior do Brasil, celebrando especialmente os artistas, violeiros e comunidades rurais que mantêm viva a tradição sertaneja. A data foi criada na década de 1960 por iniciativa da Rádio Aparecida, em Aparecida do Norte (SP), que passou a reunir violeiros de todo o país para encontros, missas e apresentações em agradecimento a Nossa Senhora Aparecida pelo trabalho realizado durante o ano.
Origem e tradição
O evento nasceu do desejo de nomes como Geraldo Meireles, Tonico & Tinoco e As Galvão de criar um dia especial para valorizar os cantores sertanejos e a música caipira. Os primeiros encontros aconteciam no Cine Aparecida, ao lado da Matriz Basílica, e depois passaram para o subsolo do Santuário Nacional. A tradição foi mantida por mais de 50 anos, tornando-se um marco cultural que atraiu grandes nomes do sertanejo raiz, como Tião Carreiro & Pardinho, Zico & Zeca, Irmãs Galvão e Sérgio Reis, além de abrir espaço para novas gerações.
Significado e importância cultural
Mais do que um evento musical, o Dia do Sertanejo é um momento de reafirmação dos valores do campo: fé, coragem, simplicidade e respeito à terra e à família. A celebração também é um tributo à viola caipira e à música sertaneja, que evoluiu do estilo raiz para o sertanejo universitário, mantendo-se como o gênero musical mais ouvido no Brasil atualmente. A data é marcada por festivais, homenagens e apresentações em várias cidades, reunindo diferentes gerações e fortalecendo a identidade rural do país.
Evolução do sertanejo
A música sertaneja nasceu das raízes caipiras e, ao longo das décadas, incorporou novas sonoridades e temas, tornando-se um fenômeno nacional e internacional5. Hoje, além dos clássicos do sertanejo raiz, o gênero é representado por artistas do sertanejo universitário e por vozes femininas que conquistaram espaço e protagonismo, como Marília Mendonça e Maiara & Maraísa.
